No dia 8 de março, comemora-se o Dia Internacional da Mulher. Essa data é importante para celebrar as conquistas femininas ao longo da história, bem como para refletir sobre as desigualdades e lutas ainda presentes na sociedade.
Na área da educação, as mulheres tiveram e têm um papel fundamental. Ao longo dos anos, muitas mulheres lutaram para que outras pudessem ter acesso à educação, à igualdade de oportunidades e à valorização de seus saberes e habilidades.
Algumas dessas mulheres inspiradoras na área da educação no Brasil são :

Esther de Figueiredo Ferraz foi uma advogada, professora secundária de português, francês, latim e matemática, secretária de Estado e ministra brasileira. Esther carregou a marca do pioneirismo em sua carreira política.
Filha de Odon Carlos de Figueiredo Ferraz e de Julieta Martins de Figueiredo Ferraz, Ela nasceu 6 de fevereiro de 1915 em São Paulo.
Esther foi a primeira mulher a possuir um cargo de ministra no Brasil, ocupando a pasta da Educação no governo do general João Figueiredo, de 24 de agosto de 1982 a 15 de março de 1985, além de ter se destacado também por se tornar a primeira mulher a lecionar na Universidade de São Paulo e a primeira mulher na América Latina a comandar a reitoria de uma universidade, o Mackenzie.

Ana Maria Machado é uma escritora, pintora, jornalista e professora brasileira nascida no Rio de Janeiro em 24 de dezembro de 1941. Depois de formada, começou a lecionar literatura brasileira e teoria literária na universidade. Além disso, lecionou em outros colégios e cursos preparatórios. Foi durante esse período que recebeu a encomenda de escrever pequenas histórias para a revista infantil Recreio, iniciando assim sua carreira de escritora. Durante a ditadura militar, fez parte do movimento de resistência dos professores, sendo presa em 1969 e partindo para o exílio na Europa em janeiro de 1970. Trabalhou como jornalista na revista ”Elle” de Paris e no serviço Brasileiro da BBC de Londres. Recebeu vários prêmios literários, como o Prêmio Jabuti em 1978, o Prêmio Hans Christian Andersen em 2000, o Prêmio Machado de Assis em 2001 e o Prêmio Passo Fundo Zaffari e Bourbon de Literatura em 2013. Um de seus livros mais famosos é “Bento que Bento é o Frade”.

Helena Wladimirna Antipoff, 25 de março de 1892 em Grodno, Império Russo. Helena Antipoff é uma psicóloga e pedagoga russa, deixou um legado importante no Brasil, principalmente no campo da Educação Especial. Depois de ter obtido formação universitária na Rússia, Paris e Genebra, ela se mudou para o Brasil em 1929.
Ela foi uma grande pesquisadora e educadora de crianças com deficiência, tornando-se pioneira na introdução da educação especial no Brasil. Ela fundou a primeira Sociedade Pestalozzi, iniciando o movimento pestalozziano brasileiro, que atualmente conta com cerca de 100 instituições. Seu trabalho na área da Educação Especial no Brasil é continuado pela Fundação Helena Antipoff.
O trabalho de Helena Antipoff na Fazenda Rosário é um exemplo de suas pesquisas e intervenções no campo da Educação Especial. Seu desejo constante de minimizar as desigualdades sociais e promover a inclusão por meio do respeito às diferenças e das pessoas consideradas excepcionais no processo educativo marcou sua obra.

Anísia Batista da Silva é uma importante figura histórica brasileira que contribuiu de forma significativa para a luta pela igualdade racial e educacional no país. Sua trajetória de vida e trabalho é um exemplo inspirador de coragem, determinação e comprometimento com a educação e a valorização da cultura negra.
Seu legado é um lembrete de que ainda há muito a ser feito para garantir a igualdade de oportunidades para todos os grupos sociais no Brasil. É importante que a história e as realizações de Anísia Batista da Silva sejam lembradas e valorizadas, para que possamos continuar a lutar pelos direitos e pela igualdade de todos os brasileiros.
Essas mulheres deixaram um legado importante para a educação, seja na criação de novas teorias e metodologias de ensino, na luta pelos direitos das mulheres e da igualdade de gênero, ou na promoção da educação inclusiva e acessível a todos.
Por isso, nesse mês da Mulher, é importante lembrar dessas mulheres inspiradoras e continuar lutando por uma educação mais justa, igualitária e inclusiva para todas as pessoas, independentemente de gênero, raça, classe social ou qualquer outra forma de discriminação.